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E o critério é...

Quando se nasce negro ou negra, você começa a se “acostumar” a ser visto como alguém que não é digno de confiança. Nos acostumamos com o duvidar constante do Outro sobre nós. Nosso caráter é quase sempre visto de forma duvidosa, e pode ter certeza que em uma situação de questionamento sobre a veracidade de um determinado fato, estaremos no topo da lista das desconfianças! Nosso caráter é na maioria da vezes julgado de forma racista, pelo critério da cor. Sempre ouvi de amigos e amigas negros que quando se é negro temos que nos esforçar dez vezes mais que um branco, para sermos vistos ou reconhecidos, e ainda assim seremos alvos das desconfianças alheias. Calma querida gente branca! Sei que isso não é intencional, é, antes de tudo, fruto de um processo cruel e selvagem de racismo que reproduzimos até os dias atuais em nossas atitudes mais inocentes! Somos todos frutos dessa sociedade racista e isso começa muito cedo, desde a nossa infância, na construção do nosso imaginário social

Cultura digital X Cultura escolar: repensando as estruturas.

O conceito de cultura é amplo e envolve desde práticas sociais, costumes, religião, ritos e modos de ser e fazer, de trabalhar e viver. Por muitos anos, a antropologia baseou-se na visão de que existia uma cultura ideal, evoluída, na qual os grupos culturais deveriam migrar de estágios até adequar-se a esta cultura considerada “correta” a qual seja: o homem (não a mulher), branco, europeu, elitizado. Tudo que era fora dessa caixinha, dessa lógica era (e ainda é) tido como errado, inculto, primitivo. Esse pensamento teve reflexo em todas as instâncias da nossa sociedade, as polarizações, as dicotomias: norte X sul, desenvolvidos X em desenvolvimento - no nosso próprio país, em especial, vemos por vezes a secundarizarão e o preconceito com aqueles que não são do sul ou sudeste. Nós nordestinos somos visto como menores, caipiras, pobres, mal ajeitados e sem educação. Sim! Isso ainda persiste! Infelizmente na educação não é diferente, somos o tempo todo colocados em dicotomias, e a me